"Entre os infinitos mistérios existentes em nosso mundo, o que seria fruto da imaginação, alucinação ou uma real manisfestação de algo de outras dimensões, ou mesmo do Além?"
O Relato a seguir é justamente sobre esse assustador enígma!
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Meu nome é Alexandre, e sou de Fortaleza, Ceará.
Naquela época, minha mente estava interligada completamente com a Internet de 2013.
Lembro-me que o fenômeno das creepypastas cada vez mais se expandia na web, e como eu era um moleque, próximos dos 7/9 anos, não tinha outro motivo para não ser viciado.
Francamente, por muito tempo continuei fascinado com esse subgênero, até um dia que eu decidi largar de vez e prometi para mim mesmo, que nunca voltaria a ver ou procurar sobre temas que abordariam coisas fora da nossa compreensão.
E o motivo desse abandono repentino, foi uma experiência sobrenatural que tive em dezembro de 2016.
Com muita terapia, consegui superar esse trauma e hoje em dia, consigo contar para todos os interessados o que aconteceu, e espero que nesse grupo "biblioteca de histórias", possam compreender e encarar esse relato como 100% real, pois para mim foi, e me atormenta até os dias atuais.
O início:
Me recordo, naquela noite, que estava tentando escrever alguma creppypasta para visualizar na web.
Se me recordo bem, era algo inspirado na creepy
"O último humano do mundo", sabe?
"O último homem do mundo senta-se só em uma sala. De repente, batem à porta".
Hoje em dia, pode parecer uma história ruim e mal escrita, mas para aquela época, fazia meu corpo estremecer de medo e curiosidade.
Nesse meio tempo, tive uma impressão que alguém tinha me chamado, mais especificamente minha mãe.
Rapidamente larguei meu caderno na cama e corri para saber o que era.
(Não sei até hoje explicar, mas meus passos pareciam fazer barulhos mais altos que o de costume, como se a cada passo, um holofote virasse para mim, por vez, fazendo a minha pessoa se tornar o centro das atenções.)
Enquanto abria a porta do meu quarto, gritei esperando uma resposta da minha mãe.
- "Mãe, o que foi?" - Nada parecido com uma resposta foi possível de escutar.
Por algum motivo, estranhei a situação, porque minha mãe responderia se tivesse chamado, e mesmo se não tivesse chamado, teria respondido.
Esperei por alguns minutos algo que nem eu necessariamente sabia o quê.
Enquanto isso fiquei observando a escuridão do corredor, que dava direto na escada principal.
Pode parecer infantilidade, mas a primeira coisa que veio na minha cabeça foi aquela história: "O chamado da mãe", a qual, narra uma filha que escutou a mãe chamando na cozinha e ao chegar perto das escadas uma mão se estende puxando a filha.
Então um sussurro se inicia: "Não vá para a cozinha. Eu também ouvi.”.
Ao lembrar desse conto, meu corpo estremeceu, fazendo meu corpo inferir automaticamente um movimento para trancar a porta do meu quarto, como um modo de defesa.
Rapidamente, tirei do meu bolso meu celular, e comecei a desbloquear.
Meus dedos trêmulos mal conseguiam responder precisamente os movimentos que eu queria fazer.
E quando consegui, o celular desbloqueou na página do Creepypasta Brasil (Um site de histórias fictícias e relatos de terror em português).
(Hoje em dia solto algumas risadas lembrando disso, mas na hora, apenas fez eu relembrar o terror que eu estava vivendo).
Então entrei no contato da minha mãe para pedir ajuda, e foi quando de repente minha atenção foi para um barulho de fora do meu quarto.
O barulho era parecido com passos, mas não necessariamente parecia alguém se aproximando do meu quarto, parecia na verdade, um barulho planejado, como se tivesse fazendo de propósito.
(Em uma sessão com a minha psicóloga, ela deu o exemplo daqueles relógios antigos, que emitiam um som proprosital e infinito de tic/tac, sendo essa a melhor descrição sobre aquele som que ouvi.)
Infelizmente a porta já estava trancada, e essa era meu único modo de defesa contra algo, portanto, retornei minha atenção para o celular.
Tentei diversas ligações e mensagens de socorro, mas nenhuma das vezes minha mãe retornou.
Para ser honesto, naquele momento, eu já estava prestes a entrar em chilique, e a única atitude que tive, foi correr para as cobertas como uma criança pequena.
Dentro das cobertas, minha mente criava diversas formas diabólicas me torturando.
E neste ponto, o constante e insuportável barulho de passos estava quase levando o resto da minha sanidade, na qual, já não era mais possível saber se vinha de trás da porta ou estava dentro do quarto.
A partir desse momento, minhas memórias começam a ficar turvas.
Em minha memória, lembro-me de sentir meu corpo pesado, junto com uma tontura.
Eu não poderia mais confiar em minha mente e nem no meu corpo para me defender.
Por vez, fui aos poucos fechando meus olhos, ao fim, dormindo.
No dia seguinte, passei a amanhã sendo interrogado por policiais e fazendo testes se tinha ingerido álcool ou usado drogas.
(Minha mãe, após ler as mensagens feitas pelo meu celular, achou que eu estava alcoolizado ou com efeitos de drogas, e sem escolha, ligou para polícia checar o que estava acontecendo, pois, ela ia demorar para chegar em casa e eu poderia causar problemas).
E um dos principais fatores para ela ter achado isso, foram minhas diversas mensagens estranhas e íntimas.
Não vou escrever todas as mensagens, mas algumas tinham coisas como:
"Mãe, você deveria ter trancando a porta antes de sair, cho que hoje vou dormir com a vó.
(Minha vó morreu faz anos)!
Em uma tinha:
"Não sei o que tá acontecendo, mas o scooby (meu cachorro) está andando pela casa, de pé.
(Depois de mandar essa mensagem, mandei uma foto do corredor escuro, o mesmo que eu gritei, esperando uma resposta da minha mãe).Pelo meu celular, perto das 02:00' da madrugada, mandei minha última mensagem. e ela, na minha opinião, é a mais estranha.
"Mãe, você deveria ter ido ver meu ABC, pena que você não foi. Fiquei meio sozinho, mas a Bruna me fez companhia..."
Embaixo, eu coloquei:
"Mas tudo bem mãe, não chora. Ela vai me fazer companhia essa noite"
(Bruna foi minha professora na infância, mas infelizmente, ela desapareceu em uma noite qualquer,e a única coisa que encontraram dela, foi sua bolsa. e dentro dela tinha cadernos de estudos, provavelmente, roteiros das próximas aulas que ela ia passar).
Até hoje, tenho plena certeza que não mandei aquelas mensagens. E no lugar delas, eu mandei diversas mensagens de ajuda para minha mãe.
No fim, nenhum sinal de álcool ou drogas foi encontrado em mim.
Meses depois, comecei a fazer terapia, e em algum momento, escutei algumas conversas da minha mãe com minha psicóloga.
Pelo o que entendi, aparentemente, tive um surto de pânico, e talvez devido ao meu vício em creppypastas, criei uma história de assombração em minha mente.
Para ser sincero, comecei a acreditar nessa teoria, mas o que faz meu coração disparar, é que quando foram procurar coisas estranhas na casa, para ver se ninguém tinha invadido e mandando aquelas mensagens, encontraram diversas pegadas aparentemente sujas de areia na escada, e após analisarem, foi verificado que o tamanho do pé era diferente do meu).
Então, se alguém realmente me chamou naquela noite, quer dizer que o meu cachorro não estava andando em pé, e nem minha professora veio me visitar, e sim pode ter sido algo que ficou esperando eu descer as escadas na escuridão.
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Alexandre
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